sábado, 13 de fevereiro de 2010

A idéia .


ELO – 1. Anel de uma cadeira ou corrente. 2. Fig. Ligação, laço, união.

Construir elos. Como construí-los? O que faz existirem?
A aceleração do tempo nos faz repensar sobre a frase de Castro Alves: A praça é do povo, como o céu é do condor’. A praça continua no seu lugar, mas as pessoas continuam freqüentando a praça? Desconfio que não dentro de um contexto poético, quando ir à praça servia de pretexto para encontrar o outro, ou os outros, que seja. Nessa (naquela) situação, um costume corriqueiro criava um elo entre os visitantes assíduos do lugar que lhes era comum.
Nos tempos modernosos a praça ganhou outra localidade, o ponto de encontro passou a ser um não lugar, dentro de uma não coisa, usando os termos de Flüsser para localizar essa teoria. As redes de relacionamento, inseridas nessa rede de possibilidades que a internet oferece não são vilãs desse ‘causo’, no entanto, também não são mocinhas inocentes. Orkut, Facebook, My Space, Twitter, Dance-tech, movimento.org, etc., são as formas de existir hoje, sem resistência, mas como consequência da palavra usada no início – aceleração. Os Elos agora são criados em rede, na condição de amigos, quanto maior o número de amigos, maiores serão os elos. Um dos pontos positivos dessa outra forma de se relacionar é o rompimento de fronteiras, a vantagem na utilização dessas formas não táteis de contato serão perceptíveis se consideramos esse rompimento de fronteiras e se soubermos lidar em nosso favor com esse ‘outro’ tempo que foi instaurado.
Fazendo uso desse elo já existente, usaremos esses meios em nosso favor para a criação de uma obra dentro de um coletivo de artistas que colaborarão nesse projeto. Nos utilizaremos de fases.
Da fase um: Uma convocatória geral (coletivo colaborador) para artistas de diversas linguagens, que vai desde o teatro, a dança até os arquitetos e programadores de informática.
Fase dois: A elaboração de um tema assim como a divulgação desse tema para que comecem as criações  - diálogos.
Fase três: A criação de uma página na rede onde hospedaremos o material recebido para que os outros artistas possam ter acesso ao material do outro.
Fase quatro: A criação de uma obra artística, em Fortaleza, a partir do material coletado dos artistas colaboradores. O processo.
Em seguida, depois de vivenciadas essas fases trocaremos com os outros artistas, os colaboradores, aquilo que chamamos de ‘o produto final’ quando cada um, na sua localidade, pode observar o material n.1 de cada artista para a criação desse ‘produto’.
Nossa ousada intenção e talvez, a ‘última’ fase, será a instalação performativa onde traremos para a cena em tempo real todos esses resultados.

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